terça-feira, 30 de outubro de 2007

UNI-VERSO




Num único verso se decifra constante o universo. Precisos de calar as portas que não falam, porque então os segredos serão revelados. E revelados não podem ficar, não podem regozijar, não podem moderar... Revelados não podem ficar! Revela atos, resvala colados.
Numa porta aberta escapa colágeno horizonte.
Escapa a fonte.
Escapam os montes,
Escapam as pontes,
Escapa horizonte.
Escapa, deixa escapar, não conte!
Um único verso não se faz de perto. Inconstante, inquieto.
O universo é único, e os versos são do seu tamanho. Escondidos na palma , se acalma,
De fauna, ainda palma das mãos que predizem as portas abertas e não deixam escapar as fontes, horizontes, montes, pontes.
A louca velha torta sentada bebendo uma água poderosa. Nossa loucura brota daquela horta. No verso que é um só não se contam mais que um, desde que seja dois, e único não existe de verdade. E sem par de um mundo inteiro, acompanhado de versos companheiros o universo é único e cheio de versos diversos.
Alegres exalantes deixaram nascer a felicidade.
Nasceu a felicidade,
Nasceu a feliz cidade,
Nasceu a cidade,
Nasceu sem idade,
Nasceu envolta volta e vontade,
Nasceu, deixa nascer que é prosperidade.
De barriga cheia, de alegria cheia, porque contou nas mãos o quanto falta pra eternidade. Mostrando a língua prum infinito de bondade. A tarde late como cachorro sem saudade.
Sem lua,
Só tua, sem lua,
Semi-nua,
Some nua!...
Que o universo é único em versos e felicidade, feliz cidade envolta voltas de vontades.


Douglas Tedesco – 10/2007

MAQUIAGEM




Ninguém nunca vai saber... Pode continuar a fazer!
No teu rosto escuro, molduras enfeites de cores.
Quem será que se esconde naquela face?
A tortura de um brilho em milhões, e brincar de ser, fantasiar do que se vive em segundos.

Lados que não reconhecem. Afago da voz morta, perdida... Porque a máscara não te faz ser mais, ilusões se compram em qualquer esquina.
Apagado lampejo, fosco e derradeiro medo. Toca! Toca! È nada mais do que a pele!

Uma suspensa fama fanática. Adornada adoraria as dores de Deus... Oh, importâncias nem tão tanto importam! Mais a fazer por nada, num nada de nadar em artificial passagem. Mexer-se é inconvencional, a nova invenção e cada vez menos ter mais.

Noites afastadas de boa rotina, claustros de perdição, um beijo é máximo quando lhe há os fins de um corpo todo. Luz do sol fustiga a prosa de brilhos e texturas sedutoras. Complexa armadura pra tentar ser mais gente, quando muito tarde, quando já nem gente se é mais.


Douglas Tedesco – 10/2007

Estamos com Fome de Amor



Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvída? Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados , sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!' Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos,plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos.
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele ? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é 'out ', que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida '.
Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabour

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Uma colher de Azeitonas, e duas de boas bobagens.





Uma das coisas mais fascinantes é que você aprende com todos, com qualquer pessoa você sempre aprende algo. Nós insistimos muitas vezes em ter de ouvir sempre aquele comentarista de determinado jornal, ou ler tal colunista, julgando suas palavras serem eternamente de boa qualidade, mas ninguém é totalmente bom, porque depende de nosso ponto de vista, e cada um tem um diferente. Todos falam muita merda, muita bobagem, até mesmos esses ditos monstros de colunas e comentários, por isso precisamos filtrar as informações. Sempre de acordo com nosso ponto de vista, com o que julgamos ser correto temos de guardar o que nos interessa. Até hoje, muitas, muitas pessoas passaram na minha vida. Umas passaram anos, outras meses, outras não mais do que minutos, me deixando a mercê de sua reaparição, e utilizando-me do filtro, muitas coisas guardei, muitas descartei sem nem mesmo refletir. Sem dúvida as pessoas com as quais eu mais aprendi foram meu irmão, meu pai e minha mãe, pois são os com quem eu mais convivo. Com meu irmão aprendi que devemos falar muitas bobagens em momentos propícios, e herdei todo senso de humor dele, o mesmo tipo de piada e estereótipos cômicos. De minha mãe, aprendi a fazer alguns pratos culinários, o senso de maternidade, de carinho, de que conversas francas e sinceras resolvem muitas coisas. De meu pai tenho (ou tento) o compromisso para com os outros, a palavra a ser cumprida, a seriedade e honestidade nas relações necessárias. Com minha avó aprendi que a velhice não é problema, são só alguns anos a mais, e também aprendi que em recheios de tortas e pratos quentes sempre deve se por uma colher de azeitonas picadas, porque realça o sabor dos demais ingredientes ficando irresistível. Da Simone aprendi que sempre que eu me lembrar devo lavar o rosto com água corrente de forma abundante, pois isto ajuda a evitar espinhas. Com a Priscila, filha da Simone, aprendi que devemos perguntar, sem vergonha, aquilo que não sabemos. Com minha professora Iara, aprendi que deveria fazer faculdade de Jornalismo, Com o Ronaldo, aprendi que devemos brigar com quem amamos, porque significa querer bem, proteção. Com o Valentim aprendi que homens podem beijar homens no rosto, e isso não significa nada além de carinho. Com a Helen aprendi que podemos ir num lugar sem saber nada sobre ele, e quando chegar perguntar tudo o que se precisa. Com o tio Ney aprendi que boas mentiras existem. Com a Daniella aprendi que nós quem nos fazemos felizes, com a Alice presidiária aprendi que basta mais nada do que um café para passar a noite bem. Com a Thalita aprendi que nem toda literatura é válida. Com minha professora Loisette aprendi que não devemos esperar a próxima oportunidade. Com minha professora Luciene aprendi que educação e elegância são sempre bem vindas. Com Cláudia Tomazi aprendi que devemos treinar muito alguma coisa, deixa-la o mais perfeito possível antes de torná-la pública. Com Dna Ruth Laus aprendi que não existe amizades impossíveis devido a distância de idades, somos pessoas e pronto. Com Celso Leal aprendi que para tudo há momento, e podemos ser a mesma pessoa, por mais que estejamos em ambientes diferentes. Com a Sya e Fê Thuru aprendi que a distância em quilômetros não é empecilho para boa amizade. Com Alex aprendi que devemos realizar o difícil primeiro enquanto temos energia, para depois desfrutar do fácil. E assim aprendemos tantas coisas, não me lembro de tantas coisas que aprendi, e continuo aprendendo, e sou tão jovem, quero tanto, que nunca vou parar.


Douglas Tedesco – 10/2007

Auxílio a Lista



Quando eu era criança, meu pai comprou um dos primeiros telefones da vizinhança. Lembro-me bem daquele velho aparelho preto, em forma de caixa, bem polido, afixado à parede.O receptor brilhante pendia ao lado da caixa.Eu ainda era muito pequeno para alcançar o telefone,mas costumava ouvir e ver minha mãe enquanto ela o usava, e ficava fascinado com a cena!Então, descobri que em algum lugar dentro daquele maravilhoso aparelho existia uma pessoa maravilhosa- o nome dela era "Informação, por favor" e não havia coisa alguma que ela não soubesse."Informação, por favor" poderia fornecer o número de qualquer pessoa e até a hora certa.Minha primeira experiência pessoal com esse "gênio da lâmpada"aconteceu num dia em que minha mãefoi à casa de um vizinho.Divertindo-me bastante mexendo nas coisasda caixa de ferramentas no porão,machuquei meu polegar com um martelo.A dor foi horrível, mas não parecia haver qualquer razão para chorar,porque eu estava sozinho em casa e não tinha ninguém para me consolar. Eu comecei a andar pelo porão,chupando meu dedão que pulsava de dor, chegando finalmente à escada e subindo-a.Então, lembrei-me: o telefone!Rapidamente peguei uma cadeira na sala de visitase usei-a para alcançar o telefone.Desenganchei o receptor,segurei-o próximo ao ouvidocomo via minha mãe fazer e disse:"Informação, por favor!",com o bocal na altura de minha cabeça.Alguns segundos depois,uma voz suave e bem clara falou ao meu ouvido:"Informação."Então, choramingando, eu disse: "Eu machuquei o meu dedo..."Agora que eu tinha platéia:as lágrimas começaram a rolar sobre o meu rosto."Sua mãe não está em casa?", veio a pergunta."Ninguém está em casa a não ser eu", falei chorando."Você está sangrando?" Ela perguntou."Não." Eu respondi. "Eu machuquei o meu dedãocom o martelo e está doendo muito!"Então a voz suave, do outro lado falou: "Você pode ir até a geladeira?"Eu disse que sim. Ela continuou, com muita calma:"Então, pegue uma pedra de geloe fique segurando firme sobre o dedo."E a coisa funcionou!Depois do ocorrido,eu chamava "Informação, por favor" pra qualquer coisa.Pedia ajuda nas tarefas de Geografia da escola e ela me dizia onde Filadélfia se localizava no mapa.Ajudava-me nas tarefas de Matemática.Ela me orientou sobre qual tipo de comidaeu poderia dar ao filhote de esquiloque peguei no parque para criar como bichinho de estimação.Houve também o dia em que Petey,nosso canário de estimação, morreu.Eu chamei "Informação, por favor" e contei-lhe a triste estória. Ela ouviu atentamente,então falou-me palavras de conforto que os adultos costumam dizer para consolar uma criança.Mas eu estava inconsolável naquele diae perguntei-lhe:"Por que é que os passarinhoscantam de maneira tão bela, dão tanta alegria com sua belezapara tantas famíliase terminam suas vidas como um monte de penas numa gaiola?"Ela deve ter sentido minha profunda tristeza e preocupação,pelo fato de haver dito calmamente:"Paul, lembre-se sempre de que existemoutros mundos onde se pode cantar!" Não sei porquê, mas me senti bem melhor.Numa outra ocasião, eu estava ao telefone: "Informação, por favor"."Informação," disse a já familiar e suave voz."Como se soletra a palavra consertar?" Perguntei.Tudo isso aconteceu numa pequena cidade da costa oeste dos Estados Unidos. Quando eu estava com nove anos,nos mudamos para Boston, na costa leste. Eu senti muitas saudades de minha voz amiga!"Informação, por favor" pertencia àquela caixa de madeira preta afixada na parede de nossa outra casa;e eu nunca pensei em tentar a mesma experiênciacom o novo telefone diferente que ficava sobre a mesa,na sala de nossa nova casa.Mesmo já na adolescência,as lembranças daquelas conversas de infância com aquela suave e atenciosa voznunca saíram de minha cabeça.Com certa freqüência,em momentos de dúvidas e perplexidade, eu me lembrava daquele sentimento sereno de segurançaque me era transmitido pela voz amiga que gastou tanto tempo com um simples menininho.Alguns anos mais tarde,quando eu viajava para a costa oeste a fim de iniciar meus estudos universitários,o avião pousou em Seattle,região onde eu morava quando criança,para que eu pegasse um outro e seguisse viagem. Eu tinha cerca de meia hora até que o outro avião decolasse.Passei então uns 15 minutos ao telefone, conversando com minha irmãque na época estava morando lá.Então, sem pensar no que estava exatamente fazendo,eu disquei para a telefonista e disse:"Informação, por favor".De um modo milagroso,eu ouvi a suave e clara voz que eu tão bem conhecia!"Informação."Eu não havia planejado isso,mas ouvi a mim mesmo dizendo:"Você poderia me dizercomo se soletra a palavra consertar?"Houve uma longa pausa. Então ouvi a tão suave e atenciosa voz responder:"Espero que seu dedo já esteja bem sarado agora!"Eu ri satisfeito e disse: "Então, ainda é realmente você?Eu fico pensando se você tema mínima idéia do quanto você significou para mimdurante todo aquele tempo de minha infância!"Ela disse: "E eu fico imaginando se você sabe o quanto foram importantes para mim as suas ligações!"E continuou:"Eu nunca tive filhose ficava aguardando ansiosamente por suas ligações."Então, eu disse pra ela que muito freqüentementeeu pensava nela durante todos esses anos e perguntei-lhe se poderia telefonar para ela novamentequando eu fosse visitar minha irmã."Por favor, telefone sim!É só chamar por Sally".Três meses depois voltei a Seattle.Uma voz diferente atendeu:"Informação".Eu perguntei por Sally."Você é um amigo?" Ela perguntou."Sim, um velho amigo". Respondi.Ela disse: "Sinto muito em dizer-lhe isto, mas Sally esteve trabalhando só meio períodonos últimos anos porque estava adoentada. Ela faleceu há um mês."Antes que eu desligasse ela disse: "Espere um pouco. Seu nome é Paul?""Sim". Respondi."Bem, Sally deixou uma mensagem para você.Ela deixou escrita caso você ligasse. Deixe-me ler para você."A mensagem dizia:"Diga pra ele que eu ainda continuo dizendoque existem outros mundos onde podemos cantar.Ele vai entender o que eu quero dizer".Eu agradeci emocionadoe muito tristemente desliguei o telefone.Sim, eu sabia muito bem o que Sally queria dizer!



Autor Desconhecido

...Depois de algum tempo


...Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


William Shakespeare

É de Chocolate !









Por que não unir todas as coisas boas do mundo? Porque ficariam ruins! Elas só são boas de verdade porque estão sozinhas, ou no máximo acompanhadas de mais duas ou três. Mas todas juntas seria uma terrível tragédia, como estas que os profetas predizem antes de morrer. Mas algo que deveria ser sempre junto é o amor e o chocolate, são coisas boas ( se não pensarmos que o chocolate engorda e causa e espinhas, e se não pensarmos que o amor machuca), é por isso que fazem corações de chocolate, flores de chocolate, entregam caixas de bombons, chocolate está completamente relacionado ao amor. E não é da atualidade que estas informações procedem, muito pelo contrário, o amor de chocolate já é coisa que vem do passado, uma tradição, acasos perdidos na história. Pontinhos na literatura que a história não revelou, e que agora, como numa assombrosa denúncia, saborosa e repleta de serotonina está ao dispor de alheios olhos...
Todas as grandes histórias de amor banharam-se em chocolate por mínimos detalhes...
Em Verona, século 14, viviam grandes fabricantes de chocolate, uma das mais famosas receitas era da barra ao leite afrodisíaca, que fazia quem a comesse apaixonar-se pela primeira pessoa que tocasse em sua pele, mesmo depois que o amor acabasse, e foi assim que fizeram para cessar a rebeldia das senhoras Capuletto e Montecchio para que não resistissem á promessa de casamento que lhes era destinada. Porém não fizeram o mesmo com Julieta e Conde Paris, mas Romeu o fez, no jantar na casa dos Capuletto, ele interessado pela moça da família, a ofereceu um bombom, ela sem saber do se tratava o comeu, grata pela cortesia do inimigo, e imediatamente apaixonou-se fazendo a história que então conhecemos. E a receita veio atravessando as eras, Cinderela comeu uma dessas bombons, cujo príncipe propositalmente colocou dentro do sapato, e por isso as irmãs não conseguiram colocar o sapato, ficara apertado porque as antas não viram a barra dentro do sapato, mas Cinderela atenciosa, tirou a barra, a esconde, calçou o sapato, e dividiu a barra com o príncipe... Ambos apaixonaram-se juntos.
Fred e Vilma apenas casaram-se porque ela comeu um pedacinho deste chocolate e em seguida esbarrou em Fred. Em Titanic após salvar Rose do quase suicídio, Jack lhe deu um pedacinho de chocolate para aquecer seu corpo... Safadinho.
Mickey sabendo que Minnie adora chocolate, lhe deu um rato de chocolate de 2m de altura, imagine! Os ratinhos até hoje se deliciam com a maravilha do doce. Em Ghost, o personagem de Patrick Swayze, antes de se mudarem para o apartamento novo, encheu o lar de chocolate para a amada e esquentou bem mais o relacionamento. Enquanto que em outras épocas, Ilsa e Rick, relembram o passado comendo chocolate no drama Casablanca. Jane consegue domesticar Tarzan, após fazer como se faz com os cachorros, lhe dando um pedaço de chocolate a cada tarefa cumprida, e os dois acabam juntos no fim. Rapunzel só jogou suas tranças, porque o príncipe lhe prometeu um lote de chocolate Suíço meio amargo. Todas as helenas de Manoel Carlos, só se casaram com os homens que gostavam do mesmo tipo de chocolate do que elas. Em “Meu primeiro amor”, ambos comem chocolate escondido na sala onde o pai dela prepara defuntos, e dali rola um grande amasso. Em longínquos milênios Cleópatra tomava um banho de chocolate para atrair os homens com quem pretendia acasalar, e depois do ato os matava com o efeito do veneno colocado em um sutil bombom. “Tão tão distante”, a terra de Shrek e Fiona, é famosa pelos chocolates afrodisíacos (receita proveniente daquela de Verona, em Romeu e Julieta), e não seria a mesma, se os irmãos João e Maria não a fizessem com grande qualidade. Em uma linda mulher, Richard prometeu alem de muito dinheiro, muito chocolate para casar-se com ele, ela que não era boba e queria largar aquela vida, topou! E em a Lagoa Azul eles só tiveram aquele nenezinho, porque ele também a subordinou com uma pasta de cacau que fizera com frutos achados na ilha.
Enfim, em tudo, nessas dramaturgias e cenas que constituímos bases de vida, o chocolate consumiu o amor, e ambos transaram freneticamente, e um não mais vive sem o outro, o outro não mais vive sem o um.

Douglas Tedesco – 10/2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Som dos Seus Sapatos



Composições, Bethovens, ou Mozarts jamais decifrariam esta canção, música em dias nublados, uma guitarra incessante em dias de sol, me faz dançar chacoalhar meu corpo por inteiras colunas colossais. Sentir a crosta terrestre tentando arrebatar-me de seus caminhos.
Eu ouço o som de seus sapatos, me faz pensar em que está por vir.. Seria realmente você, não seria toda esta lembrança emprestada? De saltos finos, agulha Luíz XV, ou um bom solado pra afastar-me dos seus caminhos.
E atenção, um alfinete se debruçando ao solo, e a terra começa a tremer, o espetáculo é distante e já significa sucesso. És tu que vem calçada, de pés guardados, protegidos do meu cantar. Já que não posso, cantas tu o som que quero ouvir, sem batuques sozinhos, mas sintonia de melodia, ritmo penoso ao fim das calças de tergal.
De couro, rasteirinha, havaianas, cano alto, plataforma, jacaré, cobra, cada qual com seu eco e gargarejo, das vozes roucas que falam a mesma língua.
Uma soprano, um barítono não te qualifica, vocalistas absurdos, rasgando o tempo em nudez mortal... Diferente de to, que vens toda bela, as vezes de anabella. Na tua armadura sólida de carnificina me esguichando olhares fatais, que te vejo num brejo, onde os sons se confundem e não sei mas quem possui o dom mágico de me fazer o outro de sonhos que sempre sonhei.
É tensão, no mínimo perante o máximo são teus passos que eu aguardo. Quando vem é regozijo, morte de tristeza, trevas do não, do que não posso, já que sempre devo a ti uma misericórdia virgem que constitui os antigos pensamentos, os ressaltados livramentos. Serei o guardião dessa batalha entre céus e céus meu anjo, porque nas escrituras eu vi que era a teus pés que meu mundo gira.
Sem por mais declamar, o silêncio inóspito habita, é estação de nova era, mudanças a se eternizar.
Ouço o som dos teus sapatos, a dura realidade que ele me traz, minha paixão frenética, azul e lilás.
Ouço o som dos teus sapatos, e a felicidade prospera, porque assim tu chegas, e sei que não estou mais sozinho. Somos por inconseqüência eu, tu e saltos marcados, passos sádicos, só o som dos seus sapatos, até que venhas descalças e não mais pertencerei.

Douglas Tedesco – 10/2007

Cafés dizem Boa-Noite II














Respostas clichês não me convêm, perguntas sem objetivo, também não me convêm.
E da real existência? Qual é o clichê e o objetivo?
O topo, ser top, ser pop, o que há de melhor no mundo, ser admirado, invejado... Desculpe, não entendi!
É por isso que faço mais uma afirmação quanto á faculdade: é um lugar no mundo em fazer contrastes, colocar os opostos do mundo frente a frente. Quer ver só?Muita gente está lá dentro porque o pai paga, e exija que o filho seja diplomado para manter o status do sobrenome, da família, mas sempre há uma laranja podre no cesto, tem de haver, é regra geral, é anormalidade que todos estejam, sejam “certos”. E há o malandro, vagabundo e além de tudo burro, que insiste em colocar dinheiro fora, sendo que não está nem aí pro seu curso, trabalho e exigências que o mesmo procede. Se você está cursando uma faculdade, quer algo da vida, e é isso que me deixa muito contente, porque é quase como uma união, significa que mais pessoas têm o mesmo objetivo que eu, chegar a algum lugar! Mesmo que o meu seja para o norte e do deles para o leste, é alguma coisa. O contraste então se dá quando se paga as mensalidades e se vive de farra, tirando notas baixas... Mas eu conheço pessoas que conseguem muito mais que isso, porque elas são mais que isso... A dama do café preto! Sim o nosso segundo café demorou, mais saiu, ela tinha prova de foto, eu tinha uma aula chata, e quase não encontramos ninguém. Daniella, Talita, onde estavam as minhas outras musas? Bem, estava a fim de pagar para todas, mas era só eu e minha presidiária favorita, a pantera!
E falando em pantera, dois de meus ícones virtuais estavam reunidos, era merecedor de troféu aquele encontro. Lílian Phillipi, e Jéssica Feller, conversando e pitando seu fumo, desvendando os mistérios do mundo... me paraceu por instantes ouvir aqueles tijolinhos falarem comigo: “Elas estão por aí, já estão voltando”. Mas os tijolinhos causavam gripe, e a presidiária já estava gripada, evitemos maus tratos mentais – “PAREM DE SUSSURRAR TIJOLINHOS!” – Há tempos atrás achava um tijolo a vista um artigo de luxo, de extrema elegância, assim como bolacha champanhe, caneta glitter e palmito em conserva. Hoje como palmito quase todos os dias se quiser, odeio caneta glitter e tijolos a vista me cercam na fortaleza de falsa sabedoria. Como as coisas passam, a vida muda e a gente cresce, eu estou crescendo e prova de que tudo que eu já passei foi bom, é que tenho saudades. E hoje tenho que viver esse presente mãos do que nunca, porque passa rápido, as pessoas vão e vem na nossa vida como a chuva, as verdadeiras, as de verdade ficam mesmo depois que passam, e a saudade prova de que gostamos...
Procuramos por brócolis, rimos dos guardas, a Binha sempre zoando com aqueles guardas coitados, mas a chuva caiu e tivemos de cessar a busca, a presidiária estava gripada, parecendo uma locutora de rádio do interior e sem chuvas, sem gripes mais fortes, mas um bom café. Quase peço o café errado para ela, mas seus ouvidos apurados me corrigem com doçura, e a tampinha mágica também se faz presente... Não sei se estou ouvindo demais, mas parece que ouvi aquele copinho de isopor barato e delicado me cumprimentar. Responder? Sim, mentalmente, pois ele ouviria, os cafés também tem sentimentos, principalmente nas nossas mãos. E se aqueles cafezinhos falassem, quantas histórias de futilidade e felicidade iam contar!
Pena ter sido a prestação, parcelado, pois a Daniella chegou só depois e tomou café sozinha, azar o dela, e sorte a nossa! É como diz a presidiária: “Café é muito bom, melhor ainda quando a gente não paga”.
E lá se foi a noite, sexy Daniella de uniforme justo, deliciosa, pena ter perdido o dia da minissaia! (droga), esperar o ônibus chegar... Uma sombrinha aberta, uma fila, tijolinhos se afastando, um beijo, um boa-noite. Até... Boa-noite, seja por cafés ou tijolinhos.


Douglas Tedesco – 10/2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

DESODORANTE EM CREME









Corre, corre, corre... Ufa! Quase que ELE não consegue entrar no avião. Era sua primeira viagem para o exterior, nunca tinha saído de seus país, conhecia suas terras muito bem, todos os estados já visitara, todas as capitais, e cidades onde tinha parentes ou conhecidos, conhecia todas estas, porque adorava viajar, era seu maior hobby, e isto não significava uma grande riqueza, fortuna imensa, mas força de vontade, resultado de persistente e árdua economia, muitas vezes comendo pão dormido para guardar os centavos e colocar no porquinho ( o cofrinho, obviamente) para depois de chegar na sua meta poder viajar.
Para isso tinha total controle de suas finanças: junto do porquinho ficava quase que colado um bloquinho, e sempre por perto, uma caneta. Então quando alguma moeda ou nota entrava em curso de sua fortuna, ele anotava o dia em que a depositara e a quantidade, e nunca havia dado errado. Tudo fechava sempre. Mas muito antes disso, comprava (com outras economias) revistas sobre viagens e turismo que falassem de toda parte em todo lugar, nos mínimos detalhes, também pesquisava na internet, e em enciclopédias sobre a história do local, porque um viajante desinformado, é um soldado perdido na guerra. Concluindo estas pesquisas, fazia uma seleção dos melhores lugares (entre um grupo maior de seletos) e decidia o lugar, era então passar ao próximo passo para o paraíso artificial.
Pesquisava então os preços de tudo, tudo mesmo, desde a viagem até as quinquilharias em lojas e camelôs. Colecionava os números de telefones destes lugares, e era então a parte mais difícil (para qualquer ser humano, menos ELE): economizar! Conseguia sempre, e o maior desafio então era o atual, que já estava realizado. Viajar para a Argentina. Viajava sempre sozinho, desta vez não era diferente, e estava tudo programado para três maravilhosos dias nos arredores de Buenos Aires. Já havia traçado todos os pontos de visitação, e também estava com a lista de presentes do pessoal do trabalho, já que todos conheciam sua fama, e faziam questão de explora-lo neste sentido. Agora este tranqüilo em sua poltrona, rezando um pai nosso discreto, não porque estava com medo, mas para garantir, o sentimento que predominava era ansiedade. Não era acostumado a beber, mas queria aproveitar tudo pelo preço que estava pagando, então nada rejeitava vindo das aeromoças, nem mesmo as bebidas alcoólicas. As aeromoças prontamente perceberam sua inexperiência e resolveram aprontar para uma boa diversão, lhe deram de tudo quanto era bebida alcoólica... O coitado chegou no aeroporto em Buenos Aires, muito bêbado, sendo auxiliado pelos seguranças, até que se recuperou um pouco e foi para o hotel de táxi.
Uma grande verdade é que ele queria muito conhecer outros países porque não suportava o Brasil, para ele tudo o que vinha do Brasil não prestava, era uma grande pena realmente não poder mais para se afastar daquele lugar, e as pequenas viagens para outras cidades era nada mais que uma pesquisa, para ver se encontrava um lugar que fosse agradável, nunca encontrou, foi para Argentina, e se pudesse, não mais voltaria.
Lá deslumbrou-se com tudo o que via, tinha a cada segundo mais certeza de que aquele era o melhor lugar para se viver. Descobriu produtos no supermercado que nunca tinha visto no Brasil, tudo era mais do que ótimo, realmente estava no paraíso. Xingava o Brasil, desmerecia, tinha vergonha, e se apaixonara por todos os produtos que vira naqueles lugares que visitava, eram todos bons, no extremo do que tinham que ser, e o mais fascinante foi o desodorante em creme. Era delicado, perfumado, não manchava e rendia mais. Mal lia as coisas e rótulos direito, estava extasiado no ‘top’ do mundo.
Mas os três dias acabaram, o dinheiro acabou e teve de voltar. O presente que trouxe pára todos, e inclusive uma caixa cheia para si mesmo, fora aquele maravilhoso desodorante em creme. Estava com nojo do Brasil, com raiva extrema, porque aquele produto era argentino, merecedor de suas axilas nobres que já haviam visitado sua origem.
O pessoal do trabalho, não gostou muito do presente e um deles no final das ‘entregas’ perguntou: - Porque você comprou isso lá, se vende aqui no Brasil?
- Ficou louco, isso é argentino, não existe aqui.
O forçaram a ler o rótulo, e estava escrito em letras garrafais: “MADE IN BRASIL”.
É, o paraíso era construído com partes de seu inferno. Nem acreditou, precisou ir a Argentina para descobrir aquele maravilhoso produto que se escondia bem embaixo do seu nariz. Mas e porque nunca havia visto no supermercado? Era só para exportação?
Não, é que nunca havia entrado em um supermercado, comprava tudo por telefone e internet, e desodorante em creme, era um produto tão insignificante, eu todos conheciam e precisavam, que nem era necessário fazer grandes propagandas. Ele sentiu o quanto seu pensamento era pequeno e insignificante, nem conhecia desodorante em creme. Grandes coisas á ele, eram na verdade, minúsculas.


Douglas Tedesco – 10/2007

NOTÍCIAS CULTURAIS




Concurso de Presépios

A Fundação Cultural de Blumenau e a Secretaria de Turismo abrem as inscrições para o Concurso de Presépios do Natal em Blumenau. A promoção
quer incentivar a produção de presépios com a intenção de resgatar e preservar a
expressão da religiosidade popular. O concurso é aberto a moradores da cidade e o presépio deve ter, obrigatoriamente, a representação do estábulo de Belém e das figuras que, segundo o Novo Testamento, participaram do Nascimento de Jesus. As inscrições ficam abertas somente até dia 30, um ótimo exemplo e uma frande idéia para as cidades vizinhas... Pensem nisso


3ª Amostra de Dança

Começa amanhã, dia 25, e vai até o dia 28, a 3ª Amostra Contemporânea de dança de Itajaí, promovendo conhecimento, debates e trazendo novidades em todos os estilos dessa maravilhosa arte. Acontece no Estúdio Mery Rosa. Mais informações: 47 3344 3968




Prêmio SESC Literatura



O tradicional prêmio vai até 31deste mês. O concurso premiará dois escritores que terão seus textos publicados pela Editora Record e ainda receberão os direitos autorais sobre a comercialização da obra. Os escritores podem participar nas categorias livros de conto e romance. Os trabalhos devem ser inéditos e ter entre 130 e 400 páginas na categoria romance e de 70 a 200 páginas para livro de contos. É permitido escrever apenas uma obra em cada categoria. É gratuito. Informações e inscrições: pelo telefone (48) 3229-2200 ou pelos sites do sesc ou da editora record.




5º Encontro Catarinense de Letras

O objetivo do evento que acontece dias 26 e 27 próximos é apresentar aos futuros profissionais de Letras novas áreas de atuação que não estejam apenas ligadas as opções de lecionar, traduzir ou seguir carreira acadêmica. Haverá palestras, mesas-redondas e minicursos, além de apresentação de painéis (de todas as áreas de letras). Confira a programação pelo site da UFSC, onde acontece o evento. As inscrições são gratuitas, mais nos telefones (48) 3721-9085 ou pelo e-mail mailto:%20%20petletras@cce.ufsc.br. Reciclar é preciso, confira!







terça-feira, 23 de outubro de 2007

O TEXTO MAIS IDIOTA


















Sejamos diferentes, em todas as coisas, todas as áreas, é sempre o que se procura, ser diferente, ter um ponto a mais, por que as vezes mesmo que não seja sinônimo de ser melhor, é diferente e pronto, é um marco... Ser diferente é um dos maiores objetivos da atualidade, mesmo que isso seja de forma negativa, pra pontos pra baixo, vale a pena, assim julgam os que fazem. Não é diferente com os escritores, todos querem ser diferentes, mas muitas vezes fazendo coisas iguais, eu não consigo entender esta psicologia tola que alguns escritores conservam ao fazerem isto. E hoje, sem mudar de assunto previamente (como costumo fazer) eu quero escrever um texto que seja completamente idiota, horrível, que contenha tudo de ruim, e isto em todos os quesitos... Em literatura, em erros de português e gramática... Não pode conter nada de certinho nenhum adjetivo deve lhe ser bem vindo, ninguém pode falar bem... A não ser que seja pra dizer que ficou bem feito, o que significa que está na verdade mal feito... Entendeu né? É ao contrário o esqueminha que quero usar, porque pensemos bem, e vejamos que isto é uma coisa extremamente normal:
Somos tão obstinados a fazer coisas idiotas, achando que elas estão arrasando, então penso que fazer algo realmente pra “avacalhar” chutar o pau da barraca e escachar de idiota é algo que tem de ser aplaudido, não que esteja pedindo... Mas se quiserem...
Atos idiotas são muito comuns, nos confundem tanto eu estou até começando a duvidar dos atos que são sérios, porque então eles ficam bem piores do que já são, já que somos atormentados pelo bom humor, agora parece que tudo tem que ser engraçado pra dar certo...
Ei, as formalidades ainda existem! E mesmo que sejam formais e chatas, penso que é necessário utilizá-las, conservá-las, para existir esta divisão de formalidades e idiotices... mas estão revolucionando o conceito de formalidade e parece que agora tudo tem de ter um ponto de riso, nada pode ser mais cem por cento sério... É bem mais
chato, depende do ponto de vista e de uma cabeça limpa, não se deixe estressar, seja idiota.
E falando em idiotices, não devemos confundir estas com coisas essenciais da vida, porque atos extremamente ridículos são necessários para um bom viver, para um bem estar e “desestress” de cada dia, e também porque tudo não pode ser cem por cento formalidades... Somos divididos em ambas as partes, mesmo que na formalidade haja idiotice e as idiotices sejam formais, já que existem idiotas formais e formais idiotas...
Ah quanto ao que disse acima, sobre a questão literária e gramatical, esqueçam , como veêm não o fiz (se o fiz foi sem intenção!)não consegui, porque já somos todos sem saber grandes idiotas formais, e realizamos formalidades idiotas, e o texto ficou “simplezinho” ... Sou muito normal pra ser diferente!


Douglas Tedesco 10/2007

Ruth, a menina.


Em vontade de escrever sobre a "menina" que era Ruh Laus





As ondas do mar quebram no teu pensar, mas não te molhes Ruth, porque de vida em gotas já basta as outras que não vivem. Os passos vagados na areia brincando de ser caminho, um claustro de arte no vento corrido dessa alma arte.

Fecha este sorriso que não cessa, não te dá cansaço em ser sempre feliz?
Menina de olhos cerrados, pela alva de lua protetora, abraço devagar como nuvem palpitando em terras de espera... Menina que brinca de palavras bonitas.

Fica sem medo, tu sabes ser tu mesmo. Levitando nos aguardos breves de um verso contente. Criança assustada, que admira em contraverso o suor dos homens, os homens que dão seu suor... Tu és suor e luto, menina forte, guerreira sem branduras e carne.

O bem nas mãos, a beleza entre os dedos e o amor numa língua mortal e pacífica... Ainda assim, menina.


Douglas Tedesco – 10/2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Carta de MISS PURPURINA – Ainda em Balneário Camboriú


Cidade bem precisa que não me interessa
Dia nublado, insosso, querendo chover.



Queridérrimos! Nossa, errando se aprende e comendo se engorda! Quero engordá-los de boas recordações...

Domingo, como disse quase chovendo? O que fazer em dia desses? Praia, nem pensar! Loucuras, ta, isso eu faço sempre, me dêem uma nova... Tudo bem , a pergunta foi muito idiota, porque modéstia a parte sou bem criativa e tenho sempre idéias do que fazer, seja em qualquer lugar, qualquer sentimento, qualquer situação. E eis que passei a revirar fotos de outros dias do passado, porque recordar é viver, e amar é viver, então vivo porque te amo, hehehehehe, que frase estúpida, mas no clima brejeiro do bem, bem acompanhada vi tantas fotos, momentos que o eterno frisou em sua boca cintilante, e eu tenho aos montes pra jamais esquecer quem eu fui, e informar aos interessados desconhecidos e insábios.
Fotografias (bem tiradas, de poses maravilhosas e não) de todas as épocas desta pequena estrela do universo, desde a infância, do meu nascimento (porque mamãe e papai também adoram foto) até uma de semana passada no parque Beto Carrero World, em minha 29ª visita ao paradisíaco planeta.
Pra quem não sabe, pra contar mais de algumas fotos, eu nasci na Inglaterra, em Liverpool, mesma cidade onde nasceu a banda Beatles, minha mãe é inglesa, e meu pai era brasileiro, embora ela tivesse alguns parentes aqui, como uma velha tia rica, elegante, bonitona e socyalite, que preservava costumes ingleses, e tinha uma bela mansão, foi encontrada morta na piscina da mesma... É, eu sei que é coisa de cinema, mas lembrem-se que minha vida é uma arte.
Já por mais sem menos, morei em várias cidades do sul e sudeste, tais como Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, e a ilha da magia Florianópolis, para papai apenas as capitais eram cidades de verdade, mas sempre visitávamos outras cidades da fantasia maravilhosa que é Santa Catarina, como Brusque, Blumenau, Joinville, Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, entre tantas outras, e aos dez anos de idade, nos instalamos em Balneário, definitivo, embora a palavra definitivo não exista de verdade, pois tudo se acaba ao mesmo que nada se vai, e vice-versa para sempre, porque excluindo o cobrador e o motorista, tudo é passageiro! E nesta bela Balneário Camboripu, hoje um dos maiores pólos de turismo do Brasil, e a segunda menor cidade de Santa Catarina, é que constitui minha dolescência, sempre viajando muito, fazendo merdas, vomitando em frente ás lojas e nas pratas de minha mãe, roubando revistas de moda e arte, e conhecendo sempre mais, porque tudo ainda não é o bastante, então que explosões de hemisférios sejam bem vindas já que não me conformo de que o mundo é só isso.
Mas ao contar de dias em BC (Balneário Camboriú), é assim que a gente a chama hoje em dia, sigla, a gente de toda parte adora siglas, eu passava tardes incríveis, dias inteiros de domingo, em companhia de duas divas, amigas da alma, de peito pra serem minhas de verdade: Luciana, e Berta (Por favor, não façam piadinhas com o nome de Berta.. mas se quiserem tenho ótimas sugestões, já que nós mesmos fazíamos), Lú mais nova um ano, Berta mais velha um ano, eu no meio, e deixando fresco na memória de que ainda era menino nesses tempos, tinha eu, Waldir (amo meu nome de macho, daí vem o Walkíria), e Júnior, o Antônio Júnior, juninho pra nós, lindo, morria de tesão por ele, alto, olhos azuis, encorpado, rosto bem desenhado, limpo... Ah, acho que era apaixonada!
E houve uma tarde em especial, a quem eu fiquei sabendo que eles eram de verdade, pra sempre, primeiramente pra começar um domingo bem legal demais, foi as dez da manhã, depois de um sábado que tínhamos assistido “os mortos vivos” pela segunda vez na TV (era a sensação na época, aqueles efeitos chinfrins, sustos bem mal feitos nos impressionavam bastante) que Berta ligou pra minha casa, pra irmos almoçar fora, num restaurante mesmo, e a tarde ver um desfile de modelos, o sonho dela era ser modelo, mas era baixinha e feia. Pulei da cama, tomei aquele banho, deixei nosso casarão na atual Avenida Atlântica a beira mar, onde ainda tenho dois apartamentos desde a época, disse a minha mãe que a amava, e fui me encontrar no camelódromo com a galera, e tinha uma prima do juninho junto com eles, a Natassha Letícia, menina entojada, patricinha, uma barbie de plástico do paraguay, ela estava passando as férias em BC, quatro dias com a família, tinha mais ou menos a nossa idade, mas era moça da cidade grande e agia como moça da cidade grande, sem saber viver e rir, na volta pra casa dois dias depois, quando voltavam pra casa, em Lages, um acidente de carro matou ela , o pai e a mãe dela que estava grávida de sete meses de gêmeos. Fomos então passear, ver as novidades no sebo e dos câmelos, a maioria de nossas roupas, acessórios e maquiagem eram dos camelos, e além de ser mais baratos, como éramos conhecidos por ali, faziam mais barato ainda. Foi aí que fomos no restaurante que não lembro mais o nome, mas hoje em dia é o Pimenta Rosa, na Rua 1001, na parte da Av. Brasil pra Av. Atlântica, nós já havíamos atacado aquel duas vezes, e era maravilhoso... Falo atacar porque não iríamos pagar, tínhamos comida em casa, mas aquilo era digno de Deuses: muitos frutos do mar, massas, quitutes diversos, variedades, carne de carneiro, coelho, javali, todas as iguarias que um classe média se deslumbra em descobrir tinha ali, além da boa música, decoração, e no ponto crucial: era fácil fugir sem pagar!
Então no maior carão, escolhemos mesa perto da saída, comemos, enchemos no esquema
Buffet livre o parto duas vezes com tudo, TUDO! E coreografado, cadeiras se afastaram leves, e no maior da distração dos serviçais lá estávamos nós na rua de barriga cheia, já longe da vista de quem quer que fosse. E o receio por morarem ali perto? Que nada, era só ficar distante uns tempos, e negar até a morte caso acontecessem abordações, mas nunca aconteceram. No shopping, bem na entrada, uma louca vontade fazer cocô nos invadiu, era praga dos donos do restaurante, também pudera, misturamos tanta coisa que precisávamos esvaziar mesmo. As meninas não podiam, pois estavam todas as cabines do feminino trancadas, e fotos todos pro masculino, sem pudores, estava vazio, e a vontade enorme, só um cara da limpeza estava de olho, e impediu as meninas, elas não deram bola, e se trancaram cada em suas cabines rindo... Cagávamos e contávamos piadas, lavamos as mãos juntos e fizemos show para o espelho, o cara da limpeza já não estava mais lá. No desfile de moda, de uma revista de Florianópolis vimos pouca coisa interessante, as “tendências” eram terríveis! Assistimos então um filme em cartaz no cinema: “ A volta dos mortos vivos 2, A Ressurreição final”, muito mais assustador... (aff). Inventamos de ir na barra sul a pé, era muito longe, de um lado a outro de Balneário, onde tinham outras tantas lindas praias, mas que minha mãe me mataria se soubesse que eu tinha ido. E no caminho fui atropelado, me machuquei um pouco... Me levaram no colo, pra não gerar atritos com minha mãe, pois ela era na época muito brava e além dos ferimentos já em prejuízo, ganharia grande castigo.
Chegando em casam nem sabia onde enfiar a cara, e ela ficou olhando a gente entrar, eles me ajudarem a sentar no sofá, com aquela cara de interrogação: “Que porcaria foi essa?” Também preocupada logicamente. A apresentação teatral mais bonita que eu vi foi feita naquela hora, com uma absurda história de que tínhamos inventado de desfilar na passarela, e eu tinha caído, me quebrando todo, cheios de argumentos, caras e bocas, Berta era e ainda é incrível, foi ela quem me levou para assistir a primeira peça de teatro que vi em Itajaí, e participa até hoje de peças na Brodway. Minha mãe se convenceu, e nunca ficou sabendo que eu fui a pé na Barra sul, embora o drama inventado pudesse ter sido bem menor, a história realmente convenceu, e quase chorei pelo sólido companheirismo... Depois que voltei do hospital, ficaram até segunda de madrugada me fazendo companhia, e passavam todo dia lá em casa, até ficar bem bom de novo...
E hoje estão todos aqui, menos o juninho que está casado com Berta, mas teve de trabalhar, cumprir o plantão do hospital, estamos juntos vendo foto, chorando e escrevendo cartas a Deus dará,


Perdão pelo tom melancólico, que nem parece a mesma Walkíria, mas era assim que era pra ser isso. Beijo quente e refrescante molhado de glitter e gloss, em breve escrevo mais...
Purpurinas!!!




Walkíria Werônika


Mooooostra de Curtaaaas

Mostra de Curtas Metragens de Animação Nacionais e Internacionais
Participem e divulguem aos seus contatos!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O paradoxo do nosso tempo

(recebido por e-mail e divulgado com carinho)


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver,mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.


George Carlin

PRECISO DE UM TÍTULO AQUI






Será que devo chamar isto de prefácio? Mas por que? Se eu apenas estou com vontade de escrever, se nem sei o que ainda vou criar, qual estilo, linguagem, nem sei, mas sei que preciso criar, então vamos partir para a segunda tomada da seqüência.


Preciso de um título aqui. Sim, sem título não pode ficar!

Então, é por aqui mesmo, me perdoem o nervosismo, sentem minha respiração? Estou tenso! È porque passo por uma crise de criatividade, nada tenha a escrever, parece que já usaram todas as idéias de todas as formas, que a imaginação chegou a o limite em minha cabeça, porque já parei pra pensar e nada sai, parece que nada sei. Mas algo importante eu consegui fazer, algo que não se vê, quer dizer, ele é invisível, mas você sabe que ele existe quando olha ao redor, e quando o texto muda de assunto, bem neste agora a questão assunto é nula, já quem nem tenho idéias de que vou falar... Sem mais rodeios quero lhes apresentar o parágrafo, é, vejam lá em cima, logo no começa da primeira linha, e porque estou surpreso? Porque estou surpreso? Porque é uma das poucas vezes que estou usando esse rapazinho aí, nem sei porque (não é por esquecimento!), mas quase não o utilizo, apesar de importante o ignoro... Espere, estou refletindo, está acontecendo tudo que eu mais temia: uma crise de criatividade é aceitável, mas estou a um passo a mais do que isso, porque existe uma lenda, muito verdadeira, que diz que todo artista quando precisa, tem necessidade de criar e no entanto não tem idéias, ele usa de artifícios que até então ignorava, ou odiava, e é o que está acontecendo comigo! Desespero jamais, embora seja uma jogada suja, e pensar que grandes escritores já fizeram isso, que vergonha à classe!
Olhem bem aqui, o que é isso? Ahá, outro parágrafo, não sei começo a rir ou chorar, porque há ambos os lados: o bom de que estou começando a usar parágrafos, mesmo sem texto ou assunto, idéia e estas coisas que principiam, estou usando... E o lado ruim é de que estou jogando sujo como já disse, me rastejando perante a falta de imaginação. Eu estou tentando pensar em algo, espera tive uma idéia! Poderia procurar alguma coisa na internet e plagiar, colocar em meu nome e me dizer o autor desta coisa! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Cretino, eu mereço uma surra, plágio é crime, é ainda pior do que começar a usar algo que até então se ignorava, é inaceitável, é o cúmulo do sujo, nem tenho palavras para dizer deste meu pensamento. Preciso me tratar, ver o que está acontecendo com meu cérebro, porque isto é mais um indício de que isto não está normal. Primeiro quero escrever, tenho essa bruta necessidade e não consigo, depois eu passo a colocar parágrafos pensando neles como filhos, e agora pensar em plágio, nossa, um psiquiatra, tratamento de tortura, de choque!
Aí está outro deles, parece agora um vício, embora vocês não o vejam, eu estou os usando e pensando freneticamente neles, e olhem só o tamanho destas linhas, o que já pensei aqui daria quase um conto, uma boa crônica, mas não idéias hoje não prevalecem, desculpe-me! E agora pensando, como estas pessoas, todos os escritores que existem no mundo conseguem criar tantas coisas sem repetir... Plàgio? Parágrafos?
Deixa pra lá, sem mais parágrafos, vou pensar mais um pouco, e aceitar, acho que o que eu tenho é apenas cansaço, talvez descansando um pouco eu consiga ter idéias, ter sonhos! Então é isso, ok, ok, não vou escrever nada hoje, não por enquanto.


Um agradecimento aqui? A quem, só se for um xingamento, porque só passei vergonha!


E por fim. Num gesto tradicional aqui deve ir minha assinatura, meu nome completo e a data que pretendia criar e não consegui.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Minha AURA é LAVANDA





O ato de maior burrice e incorreção é tentar ser sempre correto, porque muitas vezes o mundo merece seu erro, esqueceu que este planeta é feito deles? Aléias, construído por muito mais erros do que acertos, embora se refletirmos, todos os erros tinham o propósito de um acerto... Mas não deram certo.
Uma vez vi uma pessoa cometer um erro, um erro grave, porque envolvia uma questão de moral, uma sintonia de crédito pessoal que necessitamos ter para com alguns, sem falsidade. Fumar é um grande erro, um erro aceitável pela humanidade, como prejudicial e blá blá blá, e que nunca vai mudar, mas esta pessoa fumava, ao mesmo tempo em que na faculdade que cursava tinha uma professora favorita, era
loira alta,.s senhora gentil e extremamente bem comunicativa e inteligente, foi a primeira mulher na região a apresentar um telejornal, ela era o “CARA”, uma variante inteligente da barbie, e ela o via como uma futura versão masculina dela mesma, se não melhor, porque os outros por mais que estejam no extremo, sempre desejam que o melhor do que eles já tem aconteça aos outros que também se esforçam. Mas então uma coisa horrível, a coisa horrível num todo e a coisa boa uniram-se numa única ação de desprazer: A professora estava chegando, e ele estava fumando, no corredor, de pulmões refrigerados pela lua na vitrine de seu bloco. E como se não bastasse ele estava fumando PLAZA! Oh que tragédia, logo PLAZA, antes fosse Lucky Striker, ou Hollywood, mas PLAZA? Francamente, quem diria. Era claro que esta parte da marca a ela não interessava, poderia ser um charuto cubano, ele estava fumando e automaticamente perdendo pontinhos na tabela dos bem vindos à boa ética... Ele acabou o PLAZA e nada mais fez se não lamentar.
Este foi um erro, um dos graves, como que é também engolir a fumaça do dito cigarro, ou usar uma marca ruim como tal PLAZA ou DERBY, DERBY é cigarro de senhoras, velhinhas aposentadas e bingueiras, PLAZA? Nem sei a quem pertence os PLAZAS! O bafo horrível fica, e todos sabem, a menos que uma Halls, ou Tridente entrem no jogo que você fumou.
Outro grande erro está em nosso corpo, que insiste em logo depois de uma viagem ter que fazer xixi, ou então o desgraçado erro de nossa personalidade comum, que é aquela distância entre duas pessoas conhecidas que irão se dar oi, só que então durante esta distância em que a pessoa está vindo na sua direção, e você na dela, e ela na sua, e vice-versa, coisa e tal e tal e coisa, apesar de ambas saberem que estão se vendo, que ao se cruzarem terá que acontecer a troca de vozes clamando saudação, não se sabe o que fazer durante os segundos que antecedem o contato, isso acontece sim, com você também já muitas vezes!
Errar feio é esperar algo, sendo que você nunca o fez, acreditar que a reciprocidade só existirá se o outro der o primeiro passo, é ter vários papéis em seu escritório e querer, meditar, pensar positivo para que eles saiam dali, se despachem, se guardem, se originem instantaneamente e sozinhos! Nunca se pensou positivamente para tantas coisas mais necessárias porque para aquilo há necessidade? Vá trabalhar vagabundo!
Roubar cartazes de balada também é errar, mas é tão bom, fazer uma coleção é errar, em seu começo sim é um erro, porque toda coleção no começo é pequena, então são poucas coisas de um mesmo tipo, apenas ocupando espaço, mas a coleção crescerá e tudo irá valer a pena.
Errar talvez seja fazer um texto falando de erros, mas algo que eu não sei se é erro ou acerto são os testes de revista. Porque apesar de idiotas, são legais enquanto não se sabe o resultado. Estes dias sem nada a fazer eu fiz um para “descobrir a cor da minha aura”, e eis de depois de árduo arrependimento, de responder nada menos que 78 perguntas, descobri que minha aura era lavanda! Ora bolas, mais um erro nesta modernidade, a cor Lavanda existe? E as auras não são todas azuis? Bem que condenem os que inventam nomes a cores que já existem, porque lavanda nada mais é do que (uma flor logicamente, cujo se faz essência para desinfetante geral) roxo. Aí então se vem as variações simples como roxo claro, roxo escuro e pronto, mas inventam nomes sublimes e inimagináveis, coisas comerciais. Um grande exemplo são os cosméticos onde é difícil se ver uma sombra ou batom vermelho, ou verde, é cor ‘hibisco primaveril’, ou ‘esmeralda’. E então quando se fala e alguém diz que é verdade, o negativo predomina e a explicação tenta vir com um exemplo procurando com olhar alguma coisa no ambiente que seja daquela cor para encerrar palavras. ¨Tenha santa paciência, verde e vermelho são tão mais entendíveis e bonitos! Mas enfim, segundo a descrição da minha aura lavanda, sou uma pessoa enérgica, meio desequilibrada, “avoada”, e espontâneo... Então quando sinto que algo vai dar errado, eu respiro fundo (esqueço esse desequilíbrio) e repito num erro correto: - “Minha aura é lavanda, minha aura é lavanda, minha aura é lavanda!” E dou altas e gostosas gargalhadas!

Douglas Tedesco – 10/2007

VI Semana do Jornalismo

Do dia 22 a 26 deste mês acontece um grande evento para estudantes de jornalismo, com atividades ministradas por profissionais renomados da área. Na UFSC Serão oferecidas aos participantes oito palestras, uma mesa sobre TV Pública, outra com ex-alunos e oito oficinas, além da apresentação dos vídeos produzidos pelos alunos da UFSC. Confira a programação e inscrições pelo e-mail: Informações e inscrições pelo telefone (48) 3334-4930, pelo e-mail sextasemanadejornalismo@yahoogrupos.com.br ou pelo site da UFSC.

O Senhor Dos Palcos


Em um dia de intensa exultação, comemorado por todo mundo para homenagear a alegria de ser criança, um fato que marcará a arte do Brasil para sempre ocorre como lhe era previsto... Morre Paulo Autran, o senhor brasileiro dos palcos. Nascido em 7 de janeiro de 1922, no Rio de Janeiro, Paulo Autran mudou-se cedo para São Paulo, onde passou a maior parte de sua vida. Estudou Direito na capital paulista por influência do pai - que era delegado de polícia - e formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1945, inicialmente pensando em ser diplomata. Desapontado com a profissão de advogado, participou de algumas peças teatrais amadoras, tendo sido convidado a estrear profissionalmente com a peça Um Deus dormiu lá em casa. Após seu primeiro êxito comercial, Autran resolveu largar a advocacia e passou a se dedicar exclusivamente à carreira artística, dando prioridade ao teatro, sua grande paixão. Chegou a atuar em alguns filmes e telenovelas, mas é no palco que desenvolve sua arte e se tornou conhecido. Na televisão uma de suas cenas mais lembradas é de sua interpretação na novela Guerra dos Sexos que contracenava com Fernanda Montenegro. Sua última atuação no cinema foi no filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias em uma participação especial. Ele interpretou o avô do menino. No último ano antes de sua morte ele havia passado por diversas internações, por conta de um câncer de pulmão. O tratamento (com rádio e quimioterapia) não o impediu de seguir atuando em "O Avarento" - e nem de seguir fumando, até quatro maços de cigarro por dia. E em meio tantos risos, surgem na tarde do dia das crianças, lágrimas de saudades e notícias da imprensa informam a morte do senhor de 85 anos, cheio de vida, de arte, teatro e cena.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Todos Fazem com Todos

- Não meu bem!
- E por que não?
- Me diga primeiro porque sim.
- Por que você é a única que pode fazer isso, sabe disso.
- Sim, mesmo assim, não tem lógica... Porque fez isso?

- Tax tolo?
- Por que? Que que custa?
- Me diz primeiro porque tem que ser eu.
- Pelo amor de Deus né querida, tu sabes que só tu no mundo pode fazer isso.
- È né, assim mesmo não tem sentido nego... Por que que tu fizesse isso?

- Esquece brother!
- Pô, qualé? Não ferra!
- Antes desembucha tim-tim por tim-tim dessa parada.
- Aí, tu sabe que é a minha txutxuca que quebra esse tipo de galho pra mim mina!
- Sem crise mano, mas é sem noção essa parada... Por que que tu deixou ela rolar?

- O deixe disso bixim!
- Posso não, vamo lá!
- Primeiro explique isso meu rei.
- Ô xente, cê sabe que nesse nordeste todo, tu é minha arretada que faz isso pro seu cheiro aqui.
- Sei sim, e porque cê num se cuidou? Qual foi o motivo docê ter desimbestado disso agora?

- Tipo assim cara, não vai dar.
- Meu cara, nem zoa.
- Ta cara, mas tipo assim, fala mais desse lance.
- Meu cara, nem vai dá. Mas tipo assim, tu ta ligada que mais ninguém pode fazer isso né cara.
- Beleza cara, mas tipo assim, porque ta rolando esse lance? Ficou totally crazy cara?

- Oh, sinto com pesar mas é impossível Antônio Manoel!
- Não me trates assim Joaquina Pedrózia.
- Por favor, olhe para meus olhos e me fale amor destes tormentos que lhe acometem a vida.
- Relatarei sem pesar mais ao mais tardar, porém faça, pois sem ti nada mais existe.
- Sim vida minha, entretanto fala-me que entreveros te levaram ao acaso... Perdeste a lucidez?

- Mas bá, te digo que não vai dá.
- Poxa, porque guria?
- E né, até vou ver, mas tu me fala mais dessa coisa trilegal aí guri.
- Mas bá Tchê, depois te conto guria, mas fazzz pra mim, fazzz.
- E né, mas eu to Por toda gauchada querendo saber o que é isso... Tu ta bem mesmo Guri?


E demoraram-se pra saber o que havia acontecido, e o meu bem ficou sem socorro, o nego ficou tolo, com o brother não rolou as paradas, o bixim desimbestou, tipo assim, o cara ficou totally crazy, o Antônio Manoelperdeu a lucidez, o guri deixou de ser trilegal... E jamais fizeram ou souberem de mais detalhes.


Douglas Tedesco – 10/2007


terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Céu daqui ficou Lindo!






Eu costumo pensar de várias formas, ou de formas variadas como preferirem, porque muitas vezes prefiro que os outros prefiram os termos com que falam de minhas preferências, e uma coisa que bato o pé, não sei se por personalidade ou se porque já vi em algum filme, é de que você só conhece realmente algum lugar se você já passou por várias situações nele, e já ficou um dia inteiro nele, é sim, 24 horas total, e o ponto mais crucial desta regra alucinógena: você tem de ver anoitecer, e amanhecer neste lugar, não necessariamente no mesmo dia, mas algum dia tem de acontecer isso e grafar no seu pensamento, pra realmente constituir a credencial da alma naquele lugar. E quando falo de todas as situações, são todas as situações mesmo, obviamente que algumas exigem um maior limite do fato, considerando que você nunca vai passar por muitas situações em um necrotério, jamais vai ser convidado ou fazer uma festa de aniversário lá... Se bem que para algo temático seria interessante... Deixa quieto!
Então dentro de minhas crenças, criadas por mim mesmo (isso que eu acho o máximo, crio minhas próprias regras, as vezes as quebro lógico, mas as crio e com fundamentos e princípios que sabe o criador de onde vem....) conheço poucos lugares, mesmo porque fico entediado fácil em lugares pequenos, adoro lugares grandes, bem eu sou grande e dizem que isso é normal para pessoas grandes, tá aí mais uma crença, porque você fica a quilômetros de um ponto no outro, e vê ele mudar, apesar da mesma estrutura, mesmos idéias, aquele ponto é diferente daquele outro no mesmo lugar. Sentir o som dos lugares, a sua comunicação para conosco, porque o que as vezes me frustra é de que os lugares, as construções são tão grandes e elas não falam, não pensam, não se comunicam, não tem alma. Poxa, então pra que existir? Pra seres humanos usufruírem... Ah, este já o propósito de tanta coisa que chega! Já somos muito folgados, usufruímos de muito, e a verdade é que eles falam sim, sentem, têm alma, coração, a gente que as vezes é meio insensível e não vê, no entanto nada deve mudar, porque mais uma de minhas crenças, embora tenha dúvidas desta, é de que a natureza é perfeita como é! Então...
Conheço poucos lugares, casas de parente, que já amanheci, anoiteci, minha própria casa, porque penso ser uma ignorância e desumanidade tremenda alguém nunca passar a noite acordado dentro de sua própria casa, e jamais ver o por do sol de algum lugar dentro dela.
Também cheguei a conhecer outras particularidades, hospitais, cemitérios, amanhecer em cemitérios é muito confortante, livrarias, bibliotecas, shoppings, e no clássico: a praia, que também quem nunca o fez é cometer desumanidade e imprudência com o código oculto de uma vida boa.
E que não que fosse minha vontade, mas já que estava de fronte e sem escolha, vi o sol ir embora sentado no laboratório de informática da faculdade, pela janela aberta vi a mais bela peça de teatro do mundo, que se ensaia todos os dias, a céu aberto ( literalmente), ele mudou de cor, ficou rosa, azul, as nuvens andaram de forma diferente, aquela coisa inexplicável, e depois dizem que a minha universidade não tem alma, ah, para né!
Então inspirado nisto, escrevi este texto e você o leu, obrigado...
Quando tiver oportunidade faça isso, veja o sol se por de onde vi, porque é lindo, lindo!


Douglas Tedesco – 10/2007

Glórias à Maria da Glória




Muito do que somos é reflexo consistente do que nosso antepassados foram, tem a ver com as raízes, tem a ver com o sangue que corre depressa nesse corpo fremente que não para, tem sempre mais a fazer e quando não tem sabe criar... E com muito orgulho de sorriso a fustigar maxilares é que digo sempre que tenho ótimas raízes, não por sensacionalismo ou fato social, mas porque sabemos quando temos boas raízes, e especificando a quem cabe elogios, parto neste para pontos paternos, para uma das responsáveis por eu ser assim...
Uma pequena mulher, de fibra forte, chamada Maria da Glória. Tijuquense de sangue puro, nasceu em 1939, ano em que uma importante ponte, a Bulcão Viana também foi construída para dar acesso de Tijucas a outras partes do estado.
Viveu ali simplesmente, gozando com cautelas as belas épocas dos anos 50, 60, apaixonando-se pelo primeiro homem que conheceu em um baile na localidade onde morava, ia ela e as irmãs todas juntas, acompanhada dos pais no salão do Pernambuco, para se divertirem e verem as coisas novas que por ali passavam, mas Glória, porque assim que gosta de ser chamada, não se interessou por novidades, mas por um moço que há tempos via freqüentar aquele local... Era ele Milton, filho do Mané Delfina que era popular contador de histórias da redondeza, sei que pra quem não conhece é difícil ligar e relacionar todos esses nomes, mas apeguem-se somente em Maria, a doce e também glória, Maria. Ela conheceu Milton e se casaram, tiveram três filhos: Maria Amélia (minha tia, a mais velha pra lá de porreta), Amilton ( o bendito fruto, meu pai), e Telma (minha tia mais nova, também hiper gente fina). Só Telma nasceu na casa onde atualmente minha vó reside, ela não gerou filhos, mas anjos que cuidam da terra a sua maneira.
E vivendo muito simplesmente, de objetivos pequenos e concretos, ela chegou aos setenta e sete anos, cheia de vida, filha de uma mulher que faleceu aos noventa e poucos. As vezes ela tem um gênio meio difícil, meio em burrada, meio birrenta, mas é minha vó a quem tratamos com respeito, e devemos amar incondicionalmente porque contribuiu para nossa perfeita existência. Eu com ela sou um contraste: quase louro, alto, pele bem clara, olhos claros, e ela pequeninha, morena, de olhos escuros, mas de um humor tão gostoso que dá vontade de roubar... E quando ela sorri! Nossa senhora, o sorriso dela é tão bom, porque é um sorriso sem medo, seguro, que é pra ver a gente sorrir também. A vó Glória, o que mais eu posso falar de ti, que é tão ligeirinha, apressada, e por isso vez por outra leva um tombo e tira um pedacinho de si mesma, mas que não desiste e não para, não deixa a idade e algumas dificuldades físicas serem o obstáculo pra seus desejos.
E como programado ela faz sua rotina, mão de uma vizinhança que ela faz questão de rodear todos os dias, saber como estão os doentes, aconselhar as jovens e acarinhar as criancinhas.
Ela que adora um doce, a quem eu piro se passo mais de uma semana sem ver... E não que a gente tenha muito pra conversar, mas só ficar olhando pra ela, ouvindo sua respiração curtinha, é tão bom seu abraço que a cabeça encosta no meu peito, e seu olhar que vem de vários centímetros abaixo de encontro direto ao meu... Eu sinto que naquele momento, o mundo poderia acabar, mas ela olharia pra mim da mesma forma deliciosa como sempre faz. Também gosta ela de um bom salgado e por isso faz um trivial como ninguém, seu temperinho, o cominho carregado faz um bem estar. As reclamações de dor são muito normais, e liga a cobrar pra minha casa pra dizer que está com saudade, e como é muito econômica, não demora muito além de “um beijo pra ti e outro pro Diogo” pra gente não gastar muito com a ligação.
E ainda hoje, desde pequeno a gente pede uma goiaba, e as vezes nem precisa porque ela guarda, esperando a gente aparecer pra dar... E dá uma tristeza quando a gente vai embora e ela acena do portão mais uma vez e fica olhando o carro sair da sua rua... Mas sei que ficará bem, porque nos quer bem, e ela vai rapidinho pra dentro porque tem muito a fazer, e do que cuidar...
Mais que uma homenagem feita sem beleza, porque escrevi rápido e sem pensar nas palavras, mas no sentimento que tinha que ter, isto são lágrimas de amor convertidas em letras, palavras de amor, falando de um ser humano que de tão grande parece tantos...
Vó, eu te amo, e simplesmente isso... Te amo!

Douglas Tedesco – 10/2007

DEFINIÇÕES






MUITO...é quando os dedos da mão não são suficientes.POUCO...é menos da metade.AINDA...é quando a vontade está no meio do caminho.LÁGRIMA...é o sumo que sai dos olhos, quando se espreme o coração.AMIZADE...é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.VERGONHA...é um pano preto que você você quer para se cobrir naquela hora.SOLIDÃO...é uma ilha com saudade de barco.ABANDONO...é quando o barco parte e você fica.LEMBRANÇA...é quando, mesmo sem autorização seu pensamento reapresenta um capítulo.AUSÊNCIA...é uma falta que fica ali presente.TRISTEZA...é uma mão gigante que aperta o coração.INTERESSE...é um ponto de exclamação ou de interrogação no final de um sentimento.SENTIMENTO...é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.EMOÇÃO...é um tango que ainda não foi feito.DESEJO...é uma boca com sede.

EXCITAÇÃO...é quando os beijos estão desatinados pra sair da sua boca depressa.ANGÚSTIA...é um nó apertado bem no meio do sossego.ANSIEDADE...é quando sempre faltam cinco minutos para o que quer que seja.PREOCUPAÇÃO...é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair do seu pensamento.INDECISÃO...é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.AGONIA...é quando o maestro de você se perde completamente.SUCESSO...é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.SORTE...é quando a competência encontra com a oportunidade.OUSADIA...é quando a coragem diz para o coração: "Vá!" e ele vai mesmo.LEALDADE...é uma qualidade dos cachorros, que nem todo ser humano consegue ter.DECEPÇÃO...é quando você risca em algo ou em alguém um "xis" preto ou vermelho.INDIFERENÇA...é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.CERTEZA...é quando a idéia cansa de procurar e para.

DESILUSÃO...é quando anoitece em você contra a vontade do dia.DESATINO...é um desataque de prudência.ALEGRIA...é um bloco de carnaval que não liga se não é fevereiro.RAZÃO...é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.PRUDÊNCIA...é um buraco de fechadura na porta do tempo.LUCIDEZ...é um acesso de loucura ao contrário.PRESSENTIMENTO...é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.

INTUIÇÃO...é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.VONTADE...é um desejo que cisma que você é a casa dele.CULPA...é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente não podia.RAIVA...é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.PERDÃO...é quando o Natal acontece m maio, por exemplo.RENÚNCIA...é um não que não queria ser.VAIDADE...é ter um espelho onisciente, onipotente e onipresente.AMIGOS...são anjos que nos levantam quando nossas asas estão machucadas.FELICIDADE...é um agora que não tem pressa nenhuma.SORRISO...é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura.DESCULPA...é uma palavra que pretende ser um beijo.BEIJO...é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala, quando as palavras tornam-se desnecessárias.

AMOR...é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.