quarta-feira, 18 de julho de 2007

8º Momento de Poesia



Minha Calçada


Rasguei o embrulho daquele momento sem graça. Costuro ainda ás cegas nossa relação costuro tua língua... Desincorpora o fio que resta na tua boca.

É necessário refletir reflexões, ciranda cirandinha, o infanto clama por minha alma. Vamos todos cirandar, do perdão que é sonho, justo fruto que mancha e purifica.

E o anel que não me destes? Até hoje meus anelares cultivam este sonho... e o ódio que tu me tinhas era pouco e se acabou.

Não vamos em vão, se essa rua fosse minha , deixaria na calçada tudo de ruim que te desejo, seria meu sangue na calçada, os cacos na calçada. Mas não sou dono da calçada e nem dos degraus, mas se os degraus fossem meus... Eu mandava, eu mandava eles brilharem.

Mistérios e “istórinhas” hipnose de meus parágrafos, recordações da calçada, folhas e vento na calçada. Calçada que todo mundo passa, e aquele que a calçada admira compreende: amor só é amor se não é compreendido.