6º Momento de Poesia:
Ninguém colore
Acasos, obstruindo nada por acaso. Fazendo lugares curtos proclamarem opacos ensejos. Causando glória, fã de tão poucos realejos.
Foi indo, e foi, e foi. E já chegando, encarnado pra fazer acontecer, na espécie do contínuo surto, que é pra rasgar o abstrato e possuir além do humano.
Aparenta o resto semi-eletro. Transparece somente um semblante a fio, pra não deixar a real vida no horizonte, o dom se por.
Calada, descolorida metamorfose. O primórdio conceito dos passos é já por mais mera interrogação. Mínimas linhas deixam o antes habitar no sano corpo.
É essencial tornar verdade, falange não em pedra, já só por pedra, na pedra não solidifica o sonho, só basta a superioridade pra revolucionar.
Tamanha angústia nem era mais angústia. Duvidaram de próprias certezas. A vontade nem era mais vontade. O globo terá qualquer desprezo.
Qual é a nossa garantia? De qual razão temos razão?... Verdade? Quem mente?
Seguir fielmente as regras pra não passar de fome a vulto. São as certezas que cultivamos, que pensamos ser certezas, e não nos fazem lembrar que nunca estamos certos.