1º Quadro.
(A Luz abre, estão em cena, sentados na beira do palco, Padre Danilo, Palhaço Danilo, e a Telefonista Danileudilene, bêbados)
Padre:- Que noite hein!
Palhaço:- Maravilhosa!
Padre:- E você Dani? Nada a declarar?
Dani:- Ah, vocês sabem, adoro estas noites... Vamos á missa, depois ao circo, depois passamos á central de telefonia e fazemos alguns trotes, e depois enchemos a cara num bar... Muito bom! Mas só faltou passar na casa do nosso xará, mestre Danilo pra fechar com chave de ouro.
Padre:- É, realmente, ele é o cara, mestre Danilo, tudo de bom! E eu tenho ainda a declarar que é ótimo ser amigo de um palhaço!
Palhaço:- Obrigado meu amigo, também acho ótimo ser amigo de um padre...
Dani:- Pare com isso Danilo, não fique dando honras pra esse daí não. Ele está dizendo isso, é porque na verdade tem vergonha de ser amigo de um palhaço!
Palhaço:- Isso é verdade Danilo? Está tudo acabado entre nós. (Padre faz menção de tocá-lo, palhaço se afasta) - Não me toque! Não me procure mais!
Padre:- Não acredite nesta víbora, ela é que tem inveja da nossa amizade que é bem mais forte do que as dela... Deus nos deu o dom de sermos amigos, e estamos aqui juntos hoje.
Palhaço:- Pensando bem, é verdade, ela tem inveja, porque nós somos pessoas importantes pra sociedade: eu sou um palhaço de circo, você meu caro, é um padre, e ela?...Quem é ela? Uma rélis telefonista!
Dani:- Rélis telefonista não!!! Meu trabalho é muito importante, e sem falar que eu sou a mais normal dos três!
Padre e Palhaço:- O que significa normal?
Dani:- Signifca ser bem vista pela sociedade, como uma pessoa normal, e não como um palhaço de circo, ou um padre... E tem mais, um palhaço é sempre mal visto, porque você nunca vai conseguir outro emprego na vida, a não ser em outro circo. E o senhor reverendo, que nem trabalha!
Padre:- Mas e o que é ser normal para você?
Palhaço:- É minha cara, me relate o que é ser normal, por favor!
Dani:- É, estar de acordo com os padrões que a sociedade exige... E vocês não estão!
Padre e palhaço:- Por que?
Dani:- Tenho vários argumentos, mas o mais chocante e convincente é de que você, sendo um palhaço, sujeito já bastante mal visto, apodrece ainda mais sua imagem, enchendo a cara num bar. E o reverendo, o que pensarão suas fiéis se descobrirem que está aqui bebendo, de porre? Imagine a Dna. Mariquinha, a maior colaboradora da paróquia, paga o dízimo, em dez vezes a mais, para deixar um agrado para o padre, porque o vê como uma santidade. O que a Dna. Mariquinha vai pensar se ver a santidade nessa água, em plena madrugada?
(Palhaço e Padre reprimem-se)
Palhaço:- Eu tenho reflexões a fazer... Já que estamos no inferno, abrace o capeta!
(O Padre se afasta, se benzendo)
Padre:- Ele quer dizer que desgraça pouca é bobagem.
Palhaço: Veja bem, meu caro, não que seja um pessoa indecisa, mas não fique colocando palavras na minha boca . (Padre se aproxima) - Não me toque! Ui que insistência. Até parece que nunca me tocou! E no mais ainda tenho dúvidas se não tem mesmo vergonha de mim...
Padre:- Criatura divina, abençoada...
Telefonista:- Olha o santo em vão!!!
Padre:- Você é meu melhor amigo, não tenho vergonha de você, mesmo sendo um palhaço, mesmo estando bêbado eu tenho certeza disso!
Telefonista e Palhaço:- E a Dna. Mariquinha?
Padre:- Que vá se danar a Dna. Mariquinha!!! Quero mais é que ela se exploda, que um raio a parte em quatro ou cinco, quero é viver a vida numa boa, e esquecer do resto, já que me fazem lembrar o dia todo...
(O trio dança e cantarola animado)
Telefonista:- O sol já está chegando...
Palhaço:- É hora de ir, tenho que ensaiar um úmero do circo pra hoje à noite.
Padre:- Está quase na hora da missa!
Telefonista:- Tenho que abrir a central.
(O trio sai de cena)
Padre:- Que noite hein!
Palhaço:- Maravilhosa!
Padre:- E você Dani? Nada a declarar?
Dani:- Ah, vocês sabem, adoro estas noites... Vamos á missa, depois ao circo, depois passamos á central de telefonia e fazemos alguns trotes, e depois enchemos a cara num bar... Muito bom! Mas só faltou passar na casa do nosso xará, mestre Danilo pra fechar com chave de ouro.
Padre:- É, realmente, ele é o cara, mestre Danilo, tudo de bom! E eu tenho ainda a declarar que é ótimo ser amigo de um palhaço!
Palhaço:- Obrigado meu amigo, também acho ótimo ser amigo de um padre...
Dani:- Pare com isso Danilo, não fique dando honras pra esse daí não. Ele está dizendo isso, é porque na verdade tem vergonha de ser amigo de um palhaço!
Palhaço:- Isso é verdade Danilo? Está tudo acabado entre nós. (Padre faz menção de tocá-lo, palhaço se afasta) - Não me toque! Não me procure mais!
Padre:- Não acredite nesta víbora, ela é que tem inveja da nossa amizade que é bem mais forte do que as dela... Deus nos deu o dom de sermos amigos, e estamos aqui juntos hoje.
Palhaço:- Pensando bem, é verdade, ela tem inveja, porque nós somos pessoas importantes pra sociedade: eu sou um palhaço de circo, você meu caro, é um padre, e ela?...Quem é ela? Uma rélis telefonista!
Dani:- Rélis telefonista não!!! Meu trabalho é muito importante, e sem falar que eu sou a mais normal dos três!
Padre e Palhaço:- O que significa normal?
Dani:- Signifca ser bem vista pela sociedade, como uma pessoa normal, e não como um palhaço de circo, ou um padre... E tem mais, um palhaço é sempre mal visto, porque você nunca vai conseguir outro emprego na vida, a não ser em outro circo. E o senhor reverendo, que nem trabalha!
Padre:- Mas e o que é ser normal para você?
Palhaço:- É minha cara, me relate o que é ser normal, por favor!
Dani:- É, estar de acordo com os padrões que a sociedade exige... E vocês não estão!
Padre e palhaço:- Por que?
Dani:- Tenho vários argumentos, mas o mais chocante e convincente é de que você, sendo um palhaço, sujeito já bastante mal visto, apodrece ainda mais sua imagem, enchendo a cara num bar. E o reverendo, o que pensarão suas fiéis se descobrirem que está aqui bebendo, de porre? Imagine a Dna. Mariquinha, a maior colaboradora da paróquia, paga o dízimo, em dez vezes a mais, para deixar um agrado para o padre, porque o vê como uma santidade. O que a Dna. Mariquinha vai pensar se ver a santidade nessa água, em plena madrugada?
(Palhaço e Padre reprimem-se)
Palhaço:- Eu tenho reflexões a fazer... Já que estamos no inferno, abrace o capeta!
(O Padre se afasta, se benzendo)
Padre:- Ele quer dizer que desgraça pouca é bobagem.
Palhaço: Veja bem, meu caro, não que seja um pessoa indecisa, mas não fique colocando palavras na minha boca . (Padre se aproxima) - Não me toque! Ui que insistência. Até parece que nunca me tocou! E no mais ainda tenho dúvidas se não tem mesmo vergonha de mim...
Padre:- Criatura divina, abençoada...
Telefonista:- Olha o santo em vão!!!
Padre:- Você é meu melhor amigo, não tenho vergonha de você, mesmo sendo um palhaço, mesmo estando bêbado eu tenho certeza disso!
Telefonista e Palhaço:- E a Dna. Mariquinha?
Padre:- Que vá se danar a Dna. Mariquinha!!! Quero mais é que ela se exploda, que um raio a parte em quatro ou cinco, quero é viver a vida numa boa, e esquecer do resto, já que me fazem lembrar o dia todo...
(O trio dança e cantarola animado)
Telefonista:- O sol já está chegando...
Palhaço:- É hora de ir, tenho que ensaiar um úmero do circo pra hoje à noite.
Padre:- Está quase na hora da missa!
Telefonista:- Tenho que abrir a central.
(O trio sai de cena)