Por Douglas Tedesco.
“ O senhor é meu Pastor, e nada me Faltará”. Este é o salmo preferido da prostituta que prefere não revelar seu nome, e pede para ser chamada de ‘JC’. Pergunto o por que da sigla , e ela explica que não são as iniciais dela, mas de uma pessoa já falecida que está sempre ao seu lado, e é conhecida no mundo todo: Jesus Cristo.
JC tem 31 anos, é prostituta há 11, não tem morada própria, vive quase como uma cigana: sempre no estado de Santa Catarina. Alguns meses na cidade de Porto Belo, outros em Itapema, e até mesmo na capital, sempre em hotéis, ou casa de amigas, sempre fazendo programas.
O grande diferencial de JC é ser uma mulher extremamente religiosa, todos os domingos ela vai à missa, não importa em que cidade esteja, em seu dominical compromisso ela não falha. JC é natural de Tramandaí, Rio Grande do Sul, lá vivia com seus pais, e suas duas irmãs, uma mais nova, outra mais velha, o ganha pão da família era um pequeno comércio de secos e molhados na referida cidade. A vida era agregada á alguns luxos, pois o comércio ia bem por ser o único na redondeza. No entanto uma brusca mudança aconteceu depois dos pais matricularem JC na aula de catequese na paróquia local, para a preparação da 1ª eucaristia. JC tinha 11 anos, a aula de catequese havia acabado e ela esperava pelo pai na igreja, somente ela e o padre. De repente ele perguntou: “Seu pai vai demorar muito?” Ela respondeu inocente: “Não sei, já deveria ter vindo.” Esta foi a frase seguinte do padre: “Então eu vou te ensinar uma coisa antes do papai chegar, mas não conte pra ele, se não eu te mato”. E o próximo gesto foi mobilizar a menina, ato de facilidade devido a fragilidade da garotinha e força do reverendo. Seu vestidinho estampado de margaridas foi rasgado pelas mãos fortes enquanto o homem calava sua boca e procurava seu sexo. Seus gritos de desespero foram abafados, ela desejava morrer enquanto ele a estuprava. Seu pequeno corpo foi violado, toda a infantilidade conturbada pelo sexo indesejado.