terça-feira, 18 de setembro de 2007

Uma Canção para Dois




Era hora sem estima, mas eles não deixaram!
Imagina se dá pra confiar...
Era como os antigos mais diziam... Existem pessoinhas pequeninas que
De tão pessoinhas e pequeninas nem sabe onde estão seu tamanho e pensamentos.
Prefácio, uma canção para nós dois...
“Mas isto não consta no cardápio”
Mas queremos uma canção, o cliente tem sempre razão!
Sirva-nos quente, fremente, como se fosse fresca, feita agora, composta pelo melhor ‘chef’... “Vocês tem ‘chef’ nessa espelunca?”
Todas as outras que já digeri eram lindas, ainda sei cantá-las porque o tempero era marcante, de um compasso neutro que deixava o rosto gorjear a seus próprios sentidos!
E continuo no ritmo, nos traçados daquela me que alimenta, com sabor de último... Eternamente a última vez... É assim que canções alimentam!
Você entra numa casa onde se serve, as pessoas sorriem, valsas, tangos e boleros agitam-se em seus papéis mortos, porque dali não saem até que os dance, dirija com a alma nua de outros composições.
Coloca os pés firmes num solo agitado... E saboreia, mastiga conforme a fome.
Imaginando os lugares por onde estaria, de todos os acompanhamentos da boa cifra...
Abre os olhos, paga e se vai!
Se é bom, é como todo bom estabelecimento: Você volta. A grande pena é quando se está de viagem... Por que a não ser que passe por ali novamente, nunca mais vai degustá-la, embora possa com orgulho, recomenda-la aos demais, fazer expressos de que conhece o distante!
Não agite antes de usar, agite enquanto está usando... É um prato muito rico, cheio de vitaminas e energia, de alma e pensamentos positivos, bons até dizer chega, que alimenta aos longes... Indigestão é impossível, não existe... Você come, come, come, e jamais se exacerbará pelo a mais, porque o exacerbo não existe.
É assim que se come canções, em porções enormes, sem pressa, sem intervalos de duas horas em segundas-feiras, mas em domingos de família reunida na casa da vó.
É assim que se alimenta a alma... As pernas, os passos e o coração.
“Por favor, Bem quentinha, fresca, traga a melhor de todas... Estou com muita fome!”